quinta-feira, 20 de novembro de 2014

[RESENHA] O Último Filho de John Hart



Editora: Record
Páginas: 474
Publicação: 2014

Johny Merrimon é um jovem de 13 anos que mora numa cidade do interior da Inglaterra. Sua irmã gêmea, Alyssa Merrimon, sumiu há um ano e todos a tem como morta. Menos ele. Ele ainda acredita que poderá encontrá-la viva, nem que ele tenha que partir sozinho em sua busca. Seu pai, logo após o sumiço da filha, se sente culpado por tudo o que aconteceu e resolve sair de casa, abandonando o condado onde vivem. Sua mãe, Katherine, entra em depressão profunda e começa a usar drogas pesadas para tentar reagir a tudo. O novo namorado dela, Ken Holloway, gerente de uma grande loja de carros da região, também é viciado em drogas e acaba batendo nele e em sua mãe. Mesmo tendo muito dinheiro, seu padrasto não ajuda em casa, fazendo com que ele passe vários dias sem comer.

O Detetive Clyde Hunt é o responsável pelo caso de Alyssa. Ele acompanha de perto toda a situação vivida pela família Merrimon, sobretudo no que tange a Johnny. O garoto apresenta um comportamento um pouco díspare dos demais: sempre está rodeado de penas de aves de rapina e age como um selvagem. Ao mesmo tempo em que quer ajudar, Hunt não consegue muito sucesso. Ele se vê impotente e preocupado com o rumo das vidas dessas pessoas.

Um dia, ao sair de casa e ir para a floresta próxima à sua cidade, Johnny se depara com uma perseguição em pleno trânsito. Um ciclista aparentemente foge de algo que o persegue. Um acidente acontece e o ciclista é atropelado e cai de uma ponte. Suas últimas palavras se direcionam a Johnny e dizem "Eu encontrei a garota raptada!". Porém, ao retornar a cidade, nosso protagonista descobre que uma nova jovem, com idade semelhante à da sua irmã, sumiu e ele não sabe para quem a mensagem era direcionada. Johnny partirá então em uma jornada em busca de encontrar sua irmã com vida.

O Último Filho é um thriller policial, com toques de romance e de ação. Quando li a sinopse pela primeira vez, senti uma forte ligação com outro livro que segue o mesmo formato, Quando Tudo Volta de John Corey Whaley, cuja resenha você confere aqui. Alguns elementos são comuns às duas tramas: um garoto como protagonista, o sumiço do irmão deste, o elemento pássaro na história, uma cidade pequena do interior, entre outros. Porém as similaridades não avançam muito e ambos os livros seguem rumos bem diferentes.

Neste livro acompanharemos a jornada de Johnny em busca de sua irmã e, em paralelo, o cotidiano do Detetive Hunt com seus casos de sumiços e mortes que aumentam a cada dia. A teia que vai se traçando entre esses dois paralelos é o que move todo o enredo. Há um personagem que entra posteriormente na história mas que terá papel ímpar em seu desfecho.

A narrativa de John Hart é bem leve e fluída.  O autor foca bastante nos diálogos, dando margem para a ação acontecer e acelerando o ritmo do livro. O uso do elemento dramático associado ao thriller foi bem dosado, com passagens claras de definição de ambos. A construção dos personagens é outro ponto de destaque, sobretudo na profundidade que o protagonista traz e que é desvelada ao longo da narrativa. O final é até certo ponto previsível, mas ao mesmo tempo desolador. Hart conseguiu construir um bom contexto para o fechamento da trama, sem esquecer o lado humano dos personagens.

Recomendado a todos que gostam de livros policiais com um bom drama como pano de fundo.
                                                                     

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2 comentários:

  1. Oi Marcos .. :)
    Eu não conhecia nenhum livro do autor até então, e confesso que quando olhei pra essa capa pela primeira vez nem fiquei muito animada de ler a resenha..
    Mas olha, ainda bem que eu li, porque fiquei com uma meeega vontade de ler esse livro, em primeiro lugar porque adoro livros policiais, e em segundo porque gostei demais da história que o autor criou, agora preciso saber como essa história acaba ..
    Bjs :*

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  2. Oi Marcos, acho que já te falei que meu forte são os livros policiais, então quando me deparo com resenhas deste gênero, adoro e sempre anoto o título.
    Bjs, Rose.

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